3. Explodem as greves pelas 8 horas em maio de 1907

Operários de duas fundições conquistam a jornada de 8 horas e o pagamento semanal, em 3 de maio de 1907. Reivindicações semelhantes espalham-se por diversos setores. Poucas são atendidas e a greve começa na construção civil, na indústria metalúrgica e de alimentação. Além de jornada reduzida, os trabalhadores exigem 25% de aumento. Em 8 de maio chegam a dois mil o número de grevistas e o movimento cresce com a adesão dos gráficos, sapateiros, trabalhadores em limpeza pública e têxteis, que pela primeira vez realizam uma greve de todo o ramo na cidade. Os patrões se negam a aceitar qualquer uma das reivindicações, reúnem-se e montam uma comissão e tomam as seguintes medidas:

1. pedir a garantia do Estado para que o trabalho pudesse continuar;
2. obrigar a imprensa a não noticiar a greve;
3. organizar uma associação dos industriais de todos os ramos;
4. estudar o que se poderia fazer sobre o aumento do salário e a diminuição das horas de trabalho.

A resistência dos trabalhadores durou um mês. Os gráficos e trabalhadores na construção civil conquistam o que queriam e voltaram a trabalhar. As vitórias são parciais para os têxteis e os metalúrgicos não conseguem nada. O resto daquele ano e dos seguintes são marcados por seguidas greves pelo mesmo motivo.

A jornada de trabalho passou, então, a ser fixada por categorias profissionais e as horas excedentes às fixadas eram pagas com acréscimos que variavam de 10% a 25%.

No final de abril e início de maio de 1912, é retomado um movimento grevista muito semelhante ao de 1.907. Começou na fábrica de calçados Clark com a greve por aumento de salário, fim do trabalho por peça e a jornada de 8 horas. Pouco depois nove mil trabalhadores pararam, concentrados principalmente entre os sapateiros e têxteis. Os primeiros conseguem fixar a jornada em oito horas e meia e o têxteis voltam ao trabalho sem nada conseguir.

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