Festas do 1º de Maio

As comemorações deste 1º de Maio reascendem o velho debate sobre o papel do sindicalismo.

As comemorações deste 1º de Maio reascendem o velho debate sobre o papel do sindicalismo. Como representação dos interesses dos assalariados, o sindicalismo sobreviveu ao longo de mais de dois séculos. Enfrentou lutas históricas pela liberdade de organização e contra as jornadas estafantes de 16 horas. Hoje, tem o desafio de organizar o trabalhador virtual cuja única vinculação com a linha de produção é um terminal da web.
Mudaram também as formas de manifestação destes conflitos. O que era massacre indiscriminado nos séculos XVIII e XIX, a partir da segunda metade do século passado ganhou verniz democrático. Agora, sob este verniz, escondem-se modelos de flexibilização que não resguardam as mínimas garantias de sobrevivência para os trabalhadores.
É este o debate do século XXI, colocado neste 1º de Maio. É ele quem divide o “bingo do Campo de Bagatelle” e as comemorações que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promove em todo o Brasil. Enquanto uma farsa sindical, financiada pelo Capital, promove ato em apoio à flexibilização, a CUT mobiliza 26 manifestações em todo o País, em defesa de direitos ameaçados pelo projeto que muda o artigo 618 da CLT.
Na Grande São Paulo, com músicas e debates de boa qualidade, elas serão realizadas no Paço Municipal de Santo André (com presença do Lula), no Jardim Helena Maria em Osasco e na Praça 8 de dezembro, em Guarulhos. Em São Paulo os atos da CUT serão nos bairros de Cachoeirinha (Zona Norte), Grajaú, Campo Limpo e Cidade Ademar (Sul), Sapopemba, Itaquera e São Miguel (Leste). Você também está convidado.

Luiz Marinho é Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, presidente de honra da Unisol-União e Solidariedade das Cooperativas do Estado de São Paulo e Coordenador do Mova Regional