Sonho de mulher
Quero dedicar este espaço, neste Dia Internacional da Mulher, a você, mulher trabalhadora.
Quero dedicar este espaço, neste Dia Internacional da Mulher, a você, mulher trabalhadora, guerreira incansável, companheira dedicada, sujeita da história de todos os povos e raças, brancos, negros, amarelos. Em sua homenagem, quero desenhar aqui um reino da fantasia feminina que, com certeza, no que depender de nós, um dia será realidade.
Neste reino, você, mulher, acordará todas as manhãs no seu próprio castelo, longe do pesadelo do aluguel que come seu salário todos os meses. Deixará o leito e, ao lado de seu companheiro, acordará o filho ou a filha com ternura e os despachará alimentados para a escola, sem qualquer medo de perdê-los nos atropelos do tráfego, do tráfico ou da violência urbana.
O mais criança, você amamentará, agasalhará e tomará pela mão para acompanhá-la ao trabalho. Neste outro castelo, depois de deixar sua criança na creche da ala vizinha, você encontrará sustento e, ao mesmo tempo, sentirá a emoção de ajudar na construção de uma sociedade democrática em que todos têm acesso à riqueza e à dignidade.
Na sua sagrada oficina ou no seu escritório, você não sofrerá discriminação salarial, de raça, credo, assédio sexual, nem qualquer tipo de ofensa moral – cadeias de opressão que vossos ancestrais venceram para deixar para você um mundo de trabalho com dignidade.
À noite, você deixará o trabalho sem medo de, no dia seguinte, encontrar uma nova máquina e uma carta de demissão a sua espera. De volta para casa, reencontrará seu companheiro e os filhos também felizes, para, juntos, celebrarem em frente à TV, num cinema ou teatro, mais um dia de paz e fraternidade. E, ao encostar a cabeça sobre o travesseiro, você poderá sonhar um meigo sonho de mulher.