Esse tal jeitinho brasileiro
É bastante comum no nosso dia-a-dia presenciarmos comportamentos que quebram certas “regras” sociais, como furar filas, andar pelo acostamento em estradas congestionadas, jogar papéis na rua etc. Isto, mencionando apenas as coisas mais cotidianas.
Quem não se lembra daquele comercial onde o jogador Gérson dizia, ao anunciar uma marca de cigarros, que “o importante é levar vantagem em tudo, certo!” De certa forma, a frase parece ter sido assimilada como uma atitude normal pelos brasileiros.
Mas, esse tal jeitinho brasileiro é bom? Para quem? Como?
Se verificarmos pelo lado positivo, encontraremos neste jeitinho brasileiro criatividade e inventividade na hora de achar solução para alguns problemas que surgem de repente. Quem nunca ouviu falar das famosas “gambiarras” dentro das fábricas que tornam possível o funcio-namento de máquinas e às vezes da própria produção (sem negligenciar as questões de segurança, obviamente!).
Ética – Se de um lado a criatividade do jeitinho brasileiro contribui para a solução de determinados problemas, por outro, a partir do momento em que o “jeitinho” favorece a quem o utiliza e acaba prejudicando os outros, a situação fica bastante estranha.
Neste contexto é que devemos discutir a palavra ética, que pode ser entendida como um conjunto de valores que orientam o comportamento de um indivíduo, sempre respeitando os seus direitos e o dos outros. Pois é, a verdadeira ética se dá quando ninguém está nos olhando, quando temos de prestar contas somente a nós mesmos. Nesse sentido é bom refletir sobre o que fazemos em nosso dia-a-dia, quando parece que ninguém nos olha. Vale a pena pensar no assunto.
Subseção Dieese