As Cooperativas de Trabalhadores

Um dos resultados mais perversos das políticas adotadas pelo atual governo, além, é claro, do desemprego, é o fechamento de várias empresas, particularmente as fábricas de menor porte ou de menor poder econômico.
Apesar de todas as ações que o Sindicato tem desenvolvido para evitar que isto ocorra, como nos casos dos Acordos Emergenciais, das propostas levadas à Câmara Regional do ABC, para a Renovação da Frota, da negociação da Reestruturação Produtiva nas fábricas etc, em alguns casos o fechamento tem sido inevitável.
Uma alternativa utilizada pelo Sindicato para a preservação dos postos de trabalho e da renda é a transferência dos meios de produção para os trabalhadores, através da constituição de cooperativas. São ao todo, até o presente momento, nove cooperativas que surgiram de cinco empresas que passaram, ou estão passando, por um processo de falência, preservando cerca de 500 postos de trabalho e renda aos companheiros destas cooperativas.
Neste sentido, o Sindicato tem buscado aglutinar os interesses dos trabalhadores cooperativados, tendo realizado recentemente um curso de capacitação para os integrantes dos Conselhos de Administrações das cooperativas, provendo-os de informações sobre os aspectos de estrutura das cooperativas, gestão, custos, marketing, aspectos jurídicos, tributários e psicossociais no ambiente de trabalho da cooperativa.
No entanto, ainda são várias as dificuldades enfrentadas pelas cooperativas. Tendo como proposta estabelecer um sistema cooperativo na região do ABC, o Sindicato tem buscado uma vez mais assumir uma postura mais ofensiva e propositiva, fazendo das cooperativas uma alternativa concreta para geração de trabalho e renda, num contexto de uma economia mais solidária.