Começa avaliação dos médicos estrangeiros da segunda etapa

A partir desta segunda (7), 2.180 estrangeiros terão aulas de saúde pública e Língua Portuguesa durante três semanas

Os 2.180 profissionais com diploma estrangeiro que participam da segunda etapa do Programa Mais Médicos começaram nesta segunda-feira (7) o módulo de avaliação em quatro capitais brasileiras. Durante três semanas, eles terão aulas de saúde pública e Língua Portuguesa, ministradas por professores responsáveis pela coordenação pedagógica e pela tutoria do projeto. Ao final, passarão por uma avaliação, e os aprovados seguem para o acolhimento nos estados para começar a atuar a partir do dia 28.

O período de avaliação é essencial para os médicos estrangeiros se familiarizarem com o SUS (Sistema Único de Saúde). Os 2 mil cubanos que atuarão na segunda etapa do programa por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde chegaram ao Brasil ao longo da semana passada. Eles já participaram de outras missões internacionais e todos têm especialização em Medicina da Família.

Entre os profissionais cubanos, 750 farão o módulo em Vitória (ES), 500, em Brasília (DF), 450, em Belo Horizonte (MG) e 300 médicos em Fortaleza (CE). Eles serão direcionados para atuar em municípios com os piores IDH (Índices de Desenvolvimento Humano), periferias de capitais e regiões metropolitanas e áreas com mais dificuldade de contratação de médicos, apontados pelos municípios no momento da adesão ao Programa.

Os demais 180 médicos de outras nacionalidades participantes do programa desembarcaram em Brasília (DF) durante o final de semana e farão o curso na capital brasileira. Eles são de 23 diferentes nacionalidades, sendo 55 brasileiros formados no exterior, e 16 países de atuação.

Aulas – Com carga horária de 120 horas, o módulo vai abordar aspectos do SUS, doenças prevalentes no Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, aspectos éticos e legais da prática médica. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde e participarão de simulações de consultas de casos complexos com enfoque especial na atenção básica. Os médicos que atuarão em áreas indígenas terão acesso a conteúdos específicos sobre saúde indígena.

O conteúdo programático e os materiais utilizados no treinamento foram elaborados por uma comissão pedagógica formada por professores de Universidades Federais inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência Médica, sob orientação do Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde (MS).

Durante o módulo de acolhimento, os custos com alojamento (em unidades militares) e alimentação serão pagos pelo Governo Federal e a organização logística do módulo de responsabilidade conjunta dos Ministérios da Saúde e da Defesa. 

Balanço – Como definido desde o lançamento do programa, os brasileiros tiveram prioridade no preenchimento dos postos apontados. Ao todo, 416 profissionais formados no Brasil confirmaram participação neste primeiro mês do programa e atuarão em 237 localidades.

As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros, que atuarão com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e nas regiões onde serão alocados pelo programa.

Do ABCD Maior