Conscientização para vencer o preconceito do autismo
Thais e Cabelo. Foto: Rossana Lana / SMABC
Amanhã, dia 2 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Cerca de 2 milhões de brasileiros são portadores de autismo, muitos ainda sem diagnóstico.
O autismo é um distúrbio de origem genética que pode ser identificado no início da vida de uma criança, quando se percebe que o desenvolvimento dela é diferente do esperado. A doença vai lhe afetar pelo resto da vida, mudando a comunicação, a interação social e o comportamento.
Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo, do Comitê Sindical na Mercedes-Benz, tem uma filha de 17 anos que possui o distúrbio. Quando Thais nasceu, não aparentou sintomas até os três anos de idade, até que ela parou de falar e preocupou a família.
“Eu e minha esposa a levamos ao médico e aí o autismo foi identificado”, conta Cabelo. “No começo, eu via que as pessoas olhavam para ela com preconceito e isso me incomodava. Mas com o tempo esqueci isso, percebi que as pessoas desconhecem essa situação e por isso agem assim”.
A vida de Cabelo e sua companheira mudou para cuidar da filha. Antes, fumava vários maços de cigarro por dia. “Pensei, tenho que parar com isso, pois tinha de cuidar da Thais pela vida toda”.
O autismo não tem cura e precisa de tratamento para o resto da vida, além de toda atenção e carinho da família.
“Quando você tem um filho com autismo, o amor por ele dobra. A gente rompe barreiras, deixamos os nossos preconceitos bobos de lado. Mais do que nunca ele precisa da gente”, completa Cabelo.
Da Redação