Inca lança 7 recomendações para reduzir mortalidade por câncer de mama no País

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) anunciou sete recomendações para reduzir a mortalidade por câncer de mama no Brasil. Entre elas, que toda mulher com nódulo no seio tenha direito a receber diagnóstico no prazo máximo de 60 dias. Atualmente, não há prazo de espera definido para o resultado. As recomendações são destinadas à população e a profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). E fazem parte das ações do Outubro Rosa, mês de mobilização mundial em torno do tema.

Outra recomendação do Inca é que toda mulher deve saber que o controle do peso corporal e da ingestão de álcool são formas de prevenir o câncer de mama, além da amamentação e da prática de atividades físicas. A detecção precoce da doença reduz a mortalidade. As recomendações foram impressas em um folheto que será distribuído à população.

O instituto reconhece que as recomendações não têm força de lei, pois nenhum gestor é obrigado a segui-las, mas afirma que o País dispõe de meios para alcançá-las. “Com os investimentos feitos nos últimos anos pelo Ministério da Saúde, hoje cada gestor de uma instância de governo, a sociedade e cada cidadão, individualmente, tem capacidade de implementá-las”, disse o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, durante o lançamento das recomendações, nesta sexta-feira (15), na abertura do seminário Controvérsias no Tratamento de Câncer de Mama no Estadiamento Inicial, no Rio de Janeiro.

Segundo o instituto, o câncer de mama é responsável por cerca de 11 mil mortes por ano no País. O documento “Estimativa, Incidência de Câncer no Brasil 2010-2011”, produzido pela organização a cada dois anos, afirma que o Brasil terá 500.000 novos casos de câncer por ano. Entre eles, 49.240 são relativos aos tumores de mama.

A Política Nacional de Atenção Oncológica, publicada pelo Ministério da Saúde em 2005, considera o câncer de mama como prioridade. No Pacto pela Saúde, o controle da doença também é prioridade. Uma das metas é o aumento da oferta de mamografia pelo SUS, que aumentou 118% entre 2000 e 2007 – de 1,3 milhão para 2,9 milhões. Outra, é o Sistema de Informação do Câncer de Mama (Sismama) em todo território nacional, implementado em 2009, que permite a avaliação e aprimoramento de todas as ações de controle da doença.

As recomendações completas são: toda mulher deve ter amplo acesso à informação com base científica e de fácil compreensão sobre o câncer de mama; deve ficar alerta para os primeiros sinais e sintomas do câncer de mama e procurar avaliação médica; toda mulher com nódulo palpável na mama e outras alterações suspeitas deve ter direito a receber diagnóstico no prazo máximo de 60 dias; toda mulher de 50 a 69 anos deve fazer a mamografia a cada dois anos; todo serviço de mamografia deve participar de um programa de qualidade em mamografia. A qualificação obtida deve ser exibida em local visível às usuárias; toda mulher deve saber que o controle do peso corporal e da ingestão de álcool, além da amamentação e da prática de atividades físicas, são formas de prevenir o câncer de mama; a terapia de reposição hormonal, quando indicada na pós-menopausa, deve ser feita sob rigoroso acompanhamento médico, pois aumenta o risco de câncer de mama.

 

Do Portal Brasil