Número de pessoas submetidas à radiação médica cresceu 40% em dez anos, alerta ONU
Nos últimos dez anos, houve um aumento de 40% na quantidade de pessoas expostas à radiação médica. As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU). Um relatório específico sobre o tema concluiu que, em geral, as pessoas foram submetidas a tratamentos de radiação em decorrência de tomografia computadorizada, seguida de raios X de diagnóstico e medicina nuclear.
Os especialistas advertem que o aumento gradual de pessoas submetidas à radiação pode causar consequências que ainda não foram completamente identificadas, por isso o ideal é evitar a exposição. “Em muitos países a exposição a fontes naturais [indicada para casos específicos] foi substituída pela [exposição] a radiações médicas”, alerta o relatório.
Pelo relatório, são considerados procedimentos com fontes naturais inalar gás radônio, submeter o paciente a raios cósmicos e ingerir alimentos e água que contenham elementos radioativos. As formas artificiais de exposição são os testes nucleares, entre outros.
O especialista argentino Abel Julio González, que integra a comissão das Nações Unidas, disse que a tendência de aumento de pacientes submetidos às radiações é observada no mundo inteiro. Segundo ele, a preocupação deve ser mantida quando a exposição ocorre em casos que poderiam ser evitados.
“O que nos preocupa é que há uma mudança significativa nos últimos anos e [a exposição à radiação médica vem] aumentando bem. Por exemplo, nos Estados Unidos [o número de pessoas submetidas à radiação médica] já ultrapassou [o das que estão sob] a radiação natural”, disse González.
Da Agência Brasil (Renata Giraldi)