Campanha salarial 2002: na reta final
Passado o período eleitoral, os metalúrgicos se voltam, agora, para a campanha salarial que está chegando ao seu final. Ao que parece, a primeira grande notícia será a unificação da data-base, em 1º de setembro, para todos os setores, já à partir do próximo ano. Há consenso entre os grupos negociadores neste sentido, desde que todos acompanhem a decisão. Será uma grande oportunidade para nos livrarmos da nem sempre desejável companhia dos sindicatos da Força, que quase sempre fechavam acordos piores, dificultando nossa ação sindical.
Nas montadoras, o acordo do ano passado vale por dois anos, e o reajuste salarial com base na inflação é automático. Acima disso, depende de metas a serem atingidas. Nos grupos 9 (máquinas, eletroeletrônicos, etc.), 5 (autopeças, parafusos e forjarias) e Fundição, as negociações avançaram bastante e os acordos estão próximos de acontecer. É o que esperamos.
Já a bancada de negociadores do grupo 10, mais uma vez, colocou como condição para fazer o acordo, a extinção da cláusula do acidentado, o que jamais poderemos permitir. Aliás, as últimas campanhas salariais têm sido marcadas por forte pressão dos empresários para reduzir as cláusulas sociais garantidoras de direitos básicos da nossa categoria, principalmente contra a referida cláusula de estabilidade aos acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais.
Isso porque os metalúrgicos da Força perderam esse direito na campanha salarial de 1999, por absoluta incompetência daqueles sindicatos. Essa situação não acontecerá com a nossa base, que sabe muito bem dar valor às suas conquistas.
Feltrim – Fica, aqui, registrada a nossa homenagem ao companheiro de luta Flávio Feltrim, que nos deixou no último sábado para formar, numa outra e melhor vida, um novo sindicato, também de luta, junto a companheiros como Sadao, Julinho, Lucindo, Magno, Nêgo, Anito, Francis, Afonso.