Pesquisa Dieese: Metalúrgico quer o controle das horas-extras
Este é um dos resultados da pesquisa sobre hora-extras e redução de jornada, realizada no mês de junho, que a Subseção do Dieese do Sindicato divulgou ontem. As opiniões variam entre os que propõem a proibição de horas-extras (40,3%), o aumento do adicional (30,3%) e fixação de limite. Que sugere o controle das extras. Foram analisadas 3.867 respostas. Desse total, 37,6% disse que não faz hora-extra e 53,1% faz às vezes.
A pesquisa também apurou a opinião da categoria sobre a redução da jornada. A grande maioria dos entrevistados disse que utilizaria o tempo livre para ficar com a família (49%) e outros falam em utilizá-lo em lazer e estudo. Quanto ao impacto que a redução da jornada traria, a grande maioria (76%) entenda que a geração de novos empregos seria o melhor resultado, embora que para uma parte dos entrevistados, isso também provoque aumento do ritmo de trabalho. “A pesquisa comprovou algo que já é fato para todos: é imprescindível se reduzir a jornada de trabalho e regularizar as horas-extras. Sabemos que existe momentos em que torna-se necessário algum tipo de trabalho excedente, mas estes casos devem ser exceção e não regra”, analisou José Lopez Feijóo, secretário-geral do Sindicato.
Abaixo, os números da pesquisa:
Quem faz mais hora-extra
Autopeças: 36,2%
Máquinas: 32,7%
Montadoras: 28,2%
Estamparia e artefatos: 10,6%
Material elétrico: 4,1%
As horas-extras trazem problemas?
Sim: 50,8%
Não: 14,5%
Às vezes: 34%
Não responderam: 0,7%
Qual é o maior problema para quem faz hora-extra?
Familiar: 41,2%
Saúde: 40,1%
Escolar: 4,8%
Nenhum: 12,4%
Não respondeu: 1,4%
Você propõe que…
As horas-extras sejam proibidas: 40,3%
O adicional seja maior: 30,3%
Haja um limite mensal: 18,1%
O pagamento seja feito em horas de descanso: 6,4%
Não responderam: 2%
Qual a principal conseqüência da redução da jornada?
Geração de novos empregos: 76,1%
Aumento do ritmo do trabalho: 12,7%
Não haverá alterações nem de emprego, nem de ritmo de trabalho: 4,1%
Não tenho idéia formada: 6,2%
Não respondeu 0,9%