O terceiro setor no Brasil

O chamado Terceiro Setor no Brasil reúne, como em todo o mundo, organizações privadas, porém sem fins lucrativos, que desenvolvem ações de interesse público. A expressão Terceiro Setor ainda é pouco utilizada no país, mas há muito tempo ele já faz parte do vocabulário sociológico nos Estados Unidos.

No Brasil talvez seja mais conhecido o termo ONG (Organização Não Governamental), que pode ser considerado como sinônimo de Terceiro Setor. As ONGs se referem de modo genérico a toda organização não pertencente ou vinculada a nenhuma instância de governo, em qualquer nível.

As ONGs têm crescido muito rapidamente no país. No ano considerado como o ano do voluntário, mais e mais pessoas têm se organizado, a fim de solucionar as mais diversas dificuldades. Há casos que dão tão certo que acabam virando exemplos em soluções de problemas. A solidariedade, sempre presente nas relações interpessoais, nas redes de vizinhança e ajuda mútua, inspira a ação de movimentos voltados para a melhoria da vida comunitária, defesa de direitos e luta pela democracia.

O Terceiro Setor já é visto por alguns especialistas (entre eles o economista Jeremy Rifkin) não só para atender o interesse público, mas como um potencial empregador. Num momento em que as indústrias produzem cada vez mais com menos empregados e os empregos parecem insuficientes, o terceiro setor poderia ser a solução para boa parte dos problemas que os setores “tradicionais”, o público (primeiro setor) e o privado (segundo setor), não conseguem resolver. Seria a possibilidade de um novo contrato so- cial para esta civilização.

O Terceiro Setor é o que podemos chamar de “o útil unindo-se ao agradável”. É do encontro da solidariedade com a cidadania que vão surgindo e se multiplicando essas organizações não governamentais de caráter público.