A contaminação do meio ambiente
A sociedade capitalista é também a sociedade do consumo. Os altos níveis de produção e produtividade exigem mercados de consumo em massa.
Durante muitos anos, a preocupação com os efeitos deste processo produção-consumo foi quase nula. Importava tão-somente a rentabilidade das empresas, que dependia do volume de vendas aos consumidores. Os resíduos líquidos, gasosos e sólidos eram jogados em qualquer lugar: rios, aterros, florestas, ar etc…
Grandes áreas mundiais estão sofrendo com problemas de contaminação do solo, água, ar, etc. Indústrias que no passado simbolizaram a modernidade da produção capitalista, hoje são responsáveis por grandes casos de contaminação do meio ambiente, seja em razão do volume de resíduos depositados no meio ambiente, seja devido ao crescimento da produção e do consumo recente.
Depois do caso de contaminação no Recanto dos Pássaros, em Paulínia, e do residencial Barão de Mauá, em Mauá, a Cetesb divulgou ao Ministério Público uma lista de 42 áreas contaminadas na região do Grande ABC.
Metade dessas áreas abrigam postos de combustíveis, e há casos de importantes empresas da categoria na lista. Isto sem falar dos locais não relacionados como o Lixão do Alvarenga, que na década de 70 até meados do ano passado recebeu todo tipo de resíduos sólidos.
Um dos problemas da degradação do ambiente se deve ao fato da maioria das pessoas e empresas não ter assimilado ainda a idéia de que a responsabilidade coletiva começa na responsabilidade individual.
Considera-se que os estragos que cada um faz são insignificantes quando comparados com os provocados pelos outros milhões de seres humanos e empresas. O resultado aparece tempos depois na forma de uma lista gigantesca de áreas degradadas.