Sauter: Empresa demite e dá calote

As seis trabalhadoras demitidas em janeiro pela Sauter, em Diadema, e que até agora não rece-beram as verbas rescisórias, realizaram ontem protesto em frente à empresa para denunciar publicamente a situação.

“Além das verbas da minha saída, também não recebi o salário de dezembro”, disse Isabel Lacerda, que trabalhou durante 11 meses no setor de limpeza.

Ela disse que o aluguel de R$ 200,00 começou a atrasar, pois não tem dinheiro nem mesmo para o ônibus. “Tenhos dois filhos morando comigo, e a dona da empresa a cada dia inventa uma desculpa para não fazer o acerto”, protestou Isabel.

A operadora de telemarketing Daniela da Silva passou a atrasar o pagamento das prestações e acredita que seu nome já esteja “sujo na praça”. Segundo ela, a empresa está dando a maior canseira, sem qualquer respeito às trabalhadoras.

A também operadora de tele-marketing Eliane Monteiro disse que já teve seu telefone cortado.

“Já me mandaram ir até o banco para pegar o dinheiro, mas era tudo conversa fiada”, explicou ela.

Luta sem descanso – O diretor do Sindicato José Mourão negociou com a empresa para que o pagamento fosse feito no último dia 10 de fevereiro.

Mas, nesse dia, a dona da Sauter ligou para propor um novo acordo. “Temos informações de que a empresa não está depositando o FGTS dos trabalhadores”, comentou ele.