Até Banco Mundial muda
Não é só no Brasil que as coisas estão mudando. O Banco Mundial (BIRD), braço direito do FMI e feroz defensor do capitalismo, divulgou estudo onde argumenta que a economia de um país é beneficiada por uma forte sindicalização de seus trabalhadores.
O documento marca uma grande mudança na posição do banco, sempre opositor à organização sindical. Ele se baseou em mais de mil estudos sobre acordos fechados por trabalhadores filiados ou não a alguma entidade e as conclusões são válidas para países ricos e pobres.
“O Banco Mundial foi hostil aos sindicatos no passado. O relatório que publicamos agora quer ter uma abordagem mais aberta sobre o assunto”, disse o diretor da instituição, Robert Holzmann, em Washington, nos Estados unidos.
As conclusões não deixam dúvidas. O banco conclui que altas taxas de sindicalização levam a menos desemprego e inflação, maior produtividade e ajuste mais rápido a choques econômicos. Já os trabalhadores sindicalizados conseguem aumentos salariais médios muito mais altos que os não filiados. Nos Estados Unidos, por exemplo, estas diferenças podem chegar a 15%, enquanto em outros países industrializados variam de 5% a 10%. Tudo isso leva à melhora das condições de consumo, de mercado e de produção.