Alca: EUA mostram as garras

Os Estados Unidos voltaram a mostrar o porrete ao falar da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). O representante norte-americano de Comércio, Robert Zoellick, afirmou que George W. Bush “está restaurando a liderança americana e fará pressões agressivas para assegurar os benefícios da abertura comercial para famílias, fazendeiros, empresas, operários e consumidores americanos”. A Alca abrangerá os 34 países americanos, menos Cuba.

Zoellick disse ainda que Bush “restabeleceu a liderança comercial dos EUA em todo o planeta e atuará de forma ativa para expandir a liberalização da economia no mundo”. Prometeu também que os EUA vão usar “todos os meios legais e necessários para obter vantagens na Alca e conquistar o máximo de benefícios aos norte-americanos”.

É o segundo ataque seguido dos americanos sobre a Alca em poucos dias. O anterior foi rejeitado imediatamente pelo governo brasileiro porque retirava da mesa de negociações o que mais interessa ao País (barreiras não-tarifárias como subsídios a produtores americanos, cotas etc).

A proposta, na verdade, foi uma tentativa de enfraquecer a posição dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), que decidiram negociar em bloco sobre a Alca.

Tanto que os EUA preservaram os maiores obstáculos às exportações brasileiras e argentinas.