Ação dos 40% do FGTS: Fundição acha que pode dar acordo

Apesar do forte questiona-mento, as empresas do setor de Fundição acreditam que a negociação pode ser a melhor saída para o pagamento da diferença da multa de 40% do FGTS.

Ontem pela manhã ocorreu o primeiro encontro da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e o setor para discutir o pagamento da diferença dos planos Verão e Collor na multa de 40% para quem foi demitido depois de janeiro de 89. Segundo o presidente da FEM, Adi Santos Lima, os representantes das empresas chegaram até a falar de prazo de pagamento aos trabalhadores em caso de um possível acordo. O setor realiza assembléia hoje e dentro de 10 dias deverá ocorrer nova reunião.

Sindipeças – Já o Sindipeças, que também se reuniu com a FEM ontem, não viu com muita animação o pagamento e limitou-se a dizer que primeiro vai realizar assembléia. Na quarta-feira que vem tem novo encontro. As montadoras, os grupos 10 e 9 não se manifestaram ainda.

A diferença da multa deve ser paga pelas empresas porque trata-se de verbas rescisórias. A diferença existe porque quem trabalhava em janeiro de 1989 ou março de 1990 sofreu os expurgos no seu FGTS de 16, 64% (Plano Verão) e de 44,8% (Plano Collor). Desta forma, a multa de 40% foi paga com base num saldo menor.

Por esse motivo é que a Federação pretende rever o que deixou de ser pago a quem perdeu o emprego na base da negociação. Caso as empresas não aceitem pagar, o Sindicato entrará com ações na Justiça. Para tanto, já está qualificando companheiros e companheiras nesta situação para preparar as ações.