A discriminação no trabalho

Pesquisa divulgada no início do mês mostram que enquanto a taxa de desemprego entre as mulheres está em 18%, a dos homens permanece no patamar de 12%.

Dependendo da região metropolitana do País, a taxa do desemprego feminino chega a ser 48% superior à registrada entre os homens.

A pesquisa foi feita pelo Dieese – Departamento Intersin-dical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos em seis regiões brasileiras.

Ao combinar sexo e idade, as maiores dificuldades para obter emprego acontecem entre as mulheres jovens, com idade que varia entre 16 e 24 anos.

A pesquisa mostra que o mercado de trabalho acaba definindo como femininas funções como serviços pessoais, educação, alimentação e saúde.

Os empregos na indústria e na construção civil são basicamente masculinos.

No que se refere à relação de trabalho, a proporção das mulheres sem carteira é maior, e aqui pesa o emprego de doméstica, ainda bastante informal.

Outra desigualdade entre gênero acontece nas funções exer-cidas pelos dois sexos.

As mulheres, apesar de conquistarem acesso a postos de trabalho mais qualificados, ainda têm menores chances de ocupar postos de direção ou gerência.

A mulher ainda tem uma jornada de trabalho menor, trabalhando cerca de 40 horas semanais, enquanto o homem tem jornada acima de 44 horas.

O rendimento médio da trabalhadora continua menor que o dos homens em decorrência de possíveis discriminações na hora da fixação desses rendimentos.

Apesar dessas diferenças, existem fatores comuns aos dois gêneros: a falta de oportunidade de emprego, a desestruturação e a crescente informalidade dos postos de trabalho.