Motoristas da capital: Ex-diretor denuncia esquema de corrupção

O ex-diretor do Sindicato dos Motoristas de Ônibus de São Paulo (filiado à Força Sindical), Marco Antônio Coutinho da Silva, denunciou um esquema de propina envolvendo sindicalistas e empresários para prejudicar o transporte público.

Ele disse que os donos das empresas chegavam a pagar até R$ 1,5 milhão por greve realizada, dinheiro que era dividido entre a cúpula da entidade e chefes de garagens. A denúncia foi feita ontem no Jornal SPTV, da TV Globo.

Desde janeiro de 2001 foram realizadas 364 manifestações e nove grandes paralisações na capital, forçando o reajuste da passagem em 36% nesse período.

De acordo com a denúncia, outro interesse dos empresários com as greves é prejudicar a implantação do novo sistema de transportes na cidade.

O Ministério Público investiga enriquecimento ilícito dos dirigentes e já ouviu três diretores, que não convenceram sobre a origem de seus patrimônios.

Os promotores querem a quebra de sigilo bancário de todos os membros da diretoria executiva do Sindicato.

O denunciante está escondido em uma cidade do Nordeste com medo de represálias.