Braibanti: Toda a história da conquista
A Braibanti foi uma das líderes nacionais no mercado de máquinas para fazer macarrão. A má administração jogou a fábrica numa profunda crise financeira. Em 1996 começaram as demissões, atrasos de salários e os primeiros processos.
Segundo o torneiro CNC Flávio Antonio que participou de todo o processo, em 98 a situação estava insustentável e os credores aumentavam o cerco. Os trabalhadores perceberam que deviam garantir as máquinas e o galpão, ou nada sobraria para eles. Assim montaram um acampamento na frente da fábrica.
Houve desde confrontos com bate-paus do patrão até o retorno à produção. No ano de 2000 todo o patrimônio foi a leilão, inclusive cada um dos dois prédios de 5.600 metros quadrados, localizados no Centro de Santo André, e de alto valor comercial.
União – Neste momento a unidade dos trabalhadores foi fundamental. O valor das rescisões não pagas daria para adquirir um galpão. Com a orientação do Sindicato, a compa-nheirada fez um acordo e ficou com o imóvel. Só que para passar o prédio em seus nomes eram necessários R$ 185 mil em valores de hoje. Novo problema: onde arranjar todo esse dinheiro entre desempregados que não receberam?
Com criatividade montaram uma comissão e foram atrás de um comprador, que adiantou um dinheiro para o registro e algumas outras despesas. Com a venda, os trabalhadores receberam 34% do que têm direito. A esperança reside agora na venda do outro galpão.