Mercedes-Benz: Terceiras devem seguir código de conduta
A Comissão de Fábrica na Mercedes vai pressionar todas as empresas que prestam serviço na montadora para que elas adotem os princípios de responsabilidade social que fazem parte do código de conduta.
Existem 33 empresas que prestam serviços fixos com contratos de longo prazo e outras 21 empresas que trabalham por empreitadas, num total de 1.200 trabalhadores.
Esse pessoal ganha salário menor que o da montadora, tem pio-res condições de trabalho e nem todos os direitos trabalhistas e sociais são respeitados.
A Comissão quer regularizar essa situação e, além de pressionar essas empresas, também vai cobrar da Mercedes ações de fiscalização e controle das terceiras.
Concorrência desleal – “Existem empresas que conseguem preço e vencem a concorrência por não recolherem encargos, nem FGTS e nem INSS. Se são contratadas nessa situação, a Mercedes também tem culpa”, disse Walter Sanches, diretor do Sindicato e membro da Comissão.
Ele lembra que os trabalhadores das terceiras são pouco representados. Dos sete sindicatos, apenas o da Construção Civil tem um trabalho efetivo.
Para fortalecer a organização no local de trabalho, a Comissão de Fábrica vai pressionar nas terceiras a eleição da Comissão de Representantes, que é um dos pontos do código de conduta.
“Sem liberdade de organização eles não podem escolher o sindicato que vai lutar por direitos e novas conquistas”, explicou Sanches. Ele lembrou que a liberdade e autonomia sindical são propostas do nosso Sindicato e da CUT no debate da reforma sindical.