Reforma da Previdência: CUT quer proteger baixos salários

A CUT quer negociar no Congresso mudanças no projeto de reforma da Previdência para proteger os servidores públicos que recebem os menores salários.

“Vamos de forma teimosa buscar interferir no conteúdo da reforma, já que existem muitas regalias, com o governo cedendo aos altos salários”, disse o presidente da CUT Nacional, Luiz Marinho (foto).

Ele disse que o relator da reforma na Câmara Federal manteve privilégios como aposentadoria integral, que vai beneficiar a casta de altos salários formada pelos magistrados, parte do Judiciário e auditores federais.

Marinho classificou de chantagem uma possível greve de juízes: “Espero que eles reflitam muito bem, pois não podem impor proposta de ter um regime próprio de Previdência, como se fossem parte da sociedade”.

Para Marinho, o Judicário é um dos setores sociais mais presos ao passado. “Eles precisam participar da evolução. O número de excluídos não combina com aposentadorias acumuladas de R$ 30 mil ou R$ 40 mil”, explicou Marinho.

Ele avisou que a CUT vai continuar negociando no Congresso pontos como teto único para todos, e regime único e universal.

Marinho ressaltou a importância de um processo de mobilização social.

“A sociedade é a favor da reforma, mas apenas os setores contrários estão se manifestando”.