Escola comum também é lugar de PPD
O Censo Escolar 2003 do Ministério da Educação (MEC) mostra que em cada 100 estudantes com deficiências, 29 estão matriculados em classes comuns.
O aumento da chamada educação inclusiva em relação ao ano passado é de 30,6%. Em 1998, quando o censo analisou pela primeira vez a situação de alunos especiais – com deficiências visual, auditiva, física, mental ou superdo-tados -, só 15% estavam em escolas regulares. Segundo o último levantamento, há 358.987 crianças com alguma dessas características frequentando escolas, 144.583 delas em classes regulares do ensino básico. Os dados do ensino supe-rior ainda estão sendo analisados pelo Ministério da Educação.
A recomendação para que pessoas com deficiência sejam edu-cadas na rede regular de ensino está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. O Brasil foi também signatário de uma declaração internacional que selou o compromisso de garantir acesso à educação inclusiva (EI) até 2010. Decretos e resoluções subsequentes no País reforçaram a idéia de que os excepcionais devem participar da so-ciedade, desde a infância.
Hoje, 44.490 do 1,5 milhão de professores do ensino fundamental trabalham com alunos especiais. Segundo o coordenador da Secretaria de Educação especial do MEC, José Rafael Miranda, Estados e municípios têm capacitado professores para a inclusão. “Eles estão aos poucos aprendendo que a sala de aula é um lugar heterogêneo”.