Empréstimo em folha: Só após assembléia do sindicato

Para conseguir empréstimos a juros abaixo do cobrado pelo mercado e descontados em folha de pagamentos pelo acordo entre CUT e bancos, o sindicato interessado precisa, em primeiro lugar, realizar assembléia dos associados para saber se a categoria aprova o termo de adesão ao programa fechado pela central com os bancos. Nosso Sindicato fará a assembléia após a campanha salarial.

Em seguida, conversa com as instituições financeiras para saber qual faz a proposta que mais interessa à entidade. Só então será possível ao sócio discutir com o banco e com a empresa na qual trabalha a forma de ter acesso ao dinheiro. A quantia ainda demora 30 dias para chegar.

Em compensação, o trabalhador sindicalizado pagará juros anuais de 23,14% a 39,29%. Para a mesma soma, o custo de empréstimo igual no mercado é 103% ao ano, do cheque especial 180%, do cartão de crédito 224% e das financeiras 333%.

As informações são de Antonio Carlos Spis, secretário de Comunicação da CUT Nacional, e do economista Jefferson José da Conceição, que ontem reuniram a imprensa para falar sobre o acordo com os bancos.

Máximo é 30% da renda disponível
Até agora, 19 instituições já aderiram ao acordo, o que cobre 80% dos correntistas do País. Entre as grandes instituições, faltam apenas Itaú e Unibanco, com quem as negociações da CUT Nacional estão adiantadas. Se eles toparem, 95% das pessoas que têm conta em banco serão atendidas.

O valor máximo do empréstimo é 30% do salário total do trabalhador menos todos os descontos, obrigatórios (INSS, Imposto de Renda etc.) ou não (convênio médico, vale-refeição etc.). O resultado dessa operação é chamado renda disponível.

Por exemplo, o companheiro que recebe salários de R$ 3.000,00 e tem R$ 900,00 de descontos, chega a R$ 2.100,00 de renda disponível. Trinta por cento desta quantia é R$ 700,00. Este é o valor máximo do empréstimo. Ele sairá mais rápido nas empresas que já têm agências bancárias que participam do acordo com a CUT Nacional.