Fórum Social Mundial: Mais críticas aos Estados Unidos
Termina amanhã em Mumbay, capital da Índia, a quarta edição do Fórum Social Mundial, que reúne cerca de 100 mil pessoas de mais de 130 países.
Desde a abertura na sexta-feira passada até seu término, o fórum vai realizar cerca de 1.200 atividades entre conferências, painéis, seminários e oficinas.
Uma das razões para a transferência do fórum que nos três anos anteriores foi realizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para a Índia foi a necessidade de tornar o movimento mais representativo entre os países e populações mais pobres do mundo.
O fórum nasceu para buscar alternativas à globalização econômica imposta pela política neolibe-ral, e seus participantes mais vez criticaram os Estados Unidos.
“Precisamos explicar às pessoas que existe uma conexão direta entre a construção do império norte-americano, a guerra e a globalização”, disse o indiano Achin Vanaik, especialista em armas nucleares.
O tom do fórum é de crítica à hegemonia militar e econômica dos Estados Unidos e também a instituições como a Organização Mundial do Comércio e o Banco Mundial, tidas como causadoras da pobreza.
Um dos desafios do fórum não está sendo a proposição de novos temas, mas sugerir alternativas ao que já foi constatado.
O destaque de ontem foi Joseph Stiglitz, prêmo Nobel de economia.
Depois de trabalhar para o Fundo Monetário Internacional, hoje ele é conhecido por livros como A globalização e seus malefícios.
Ele disse que a globalização não pode deixar de lado políticas de proteção social e geração de emprego.
“Além de ampliar o comércio internacional e inventivar a tecnologia, a globalização precisa criar uma rede de proteção social”, explicou o economista.