Decepção

Decisão do Banco Central de manter taxa de juros é balde d’água fria na retomada de crescimento

A decisão do Banco Central de manter os juros em 16,5% atrasa a retomada do crescimento que começava a acontecer no início deste ano.

Após sete meses derrubando a taxa, o Banco Central foi conservador e frustrou todas as expectativas. Pior, o Brasil continua com os maiores juros de todo o mundo.

“Acreditamos que as condições para a economia voltar a girar com mais vigor estão dadas. Reduzir os juros seria fundamental para aumentar a confiança dos agentes econômicos, com mais investimento na produção e crédito mais barato para as vendas. Ou seja, medidas que contribuem com geração de empregos”, protestou ontem o secretário-geral do Sindicato, Tarcísio Secoli.

Para o dirigente havia espaço para alguma redução, mesmo que modesta, já que em todo início de ano muitos preços são reajustados. “Todos sabemos que combater inflação é prioridade, mas isso não justifica manter os juros”, lembrou.

Tarcísio acredita também que uma nova redução ajudaria muito a melhorar a imagem brasileira no exterior, dentro do esforço que o governo faz para mostrar ao mundo as oportunidades de investimentos produtivos por aqui. “Faltou coragem, ousadia e sensibilidade social”, finalizou.