Desconto em folha: CUT quer informação sobre empréstimos
A partir de 5 de março, os 35 bancos que já têm convênio com a CUT para empréstimo com desconto em folha informarão a Central sobre a quantidade e as condições em que estão sendo realizados os acordos para a concessão dos créditos.
A decisão foi tomada durante encontro da CUT e representantes das instituições financeiras, que avaliou o andamento do contrato firmado em outubro e estabeleceu os critérios para o controle e a troca de informações sobre os empréstimos. Os bancos Paulista e Cooperativo aderiram ao convênio durante a conversa.
Segundo Luiz Marinho, presidente da Central, cresceu o número de empréstimos consignados a partir do convênio com a CUT. Só no último trimestre, a Caixa Econômica Federal, por exemplo, fechou quase 800 acordos com empresas de um total de 1.500 no ano.
Por outro lado, os participantes do encontro concluíram que ainda é preciso enfrentar algumas dificuldades para aumentar o número de empréstimos.
“O maior problema é a falta de informação”, afirmou Marinho. “Esta falha acontece em todos os níveis, do gerente da agência bancária, passando pelos sindicatos e até os RHs das empresas. Existe dificuldade para colocar em prática os acordos e remover algumas desconfianças entre bancos e em-presas”, concluiu.
Nova reunião, já prevista desde a assinatura do convênio, acontece em março, quando será apresentado um balanço detalhado do número de acordos firmados e dos trabalhadores beneficiados.
Em Santo André, o primeiro acordo
Aqui na base, o primeiro acordo de empréstimo em consignação pela Regional Santo André foi assinado na última segunda-feira entre a Empresa Nacional de Embalagens e o Banco Santander Banespa.
O contrato entre a CUT e as instituições bancárias prevê a concessão de empréstimos com juros que variam de 1,75% a 2,6% para sindicalizados (dependendo do número de parcelas) e de 2 a 3,3% para os não associados dos sindicatos cutistas.