Reforma sindical: Sindicatos sairão fortalecidos
Caso seja aprovada pelo Congresso Nacional conforme foi debatida no Fórum Nacional do Trabalho (FNT), a reforma sindical vai abrir a possilibi-dade dos trabalhadores contarem com sindicatos fortes, democráticos e representativos.
A opinião é do presidente do Sindicato, José Lopes Feijóo (foto), que participou da comissão do Fórum que discutiu estrutura sindical e sua forma de financiamento.
Ele acredita que a reforma significa uma transformação para melhor. “Os trabalhadores terão garantias de representação no local de trabalho e também vão decidir as formas de sustentação financeira de seu sindicato”, explicou.
Para Feijóo, a reforma sindical é um sonho que agora tem chances concretas de acontecer. “Não é o modelo sonhado por nós e defendido há muitos anos por nosso Sindicato, mas ele representa muitos avanços para os trabalhadores, pois garante o direito de organização com democracia e liberdade sindical”.
Citando a indústria automobilística como exemplo, que antes era centralizada no ABC e hoje se espalhou pelo País, Feijóo disse que as negociações locais não dão conta da totalidade das demandas dos trabalhadores.
“Somente um sindicato nacional vai cumprir essa função, de responder aos desafios que abrangem todos esses trabalhadores, além dos desafios de cada região”, explicou ele.
O presidente do Sindicato lembrou que, com a atual estrutura sindical, as empresas com dimensões nacionais levam vantagens e podem, inclusive, jogar trabalhador contra trabalhador: “As empresas nivelam por baixo e exigem jornada maior para salário menor”.
>> Prazo
Nos próximos dias a Comissão de Sistematização do FNT vai preparar relatório com todas as propostas debatidas e enviá-lo ao governo. Até março elas serão apresentadas do Congresso Nacional.
>> A diferença das reformas
Tem gente confundido reforma sindical com a trabalhista. São diferentes. A reforma sindical quer propor um novo modelos de organização dos trabalhadores.
Só depois de aprovada é que o governo vai iniciar os debates da reforma trabalhista. Por isso que é necessário primeiro mudar a forma de organização sindical para que o debate sobre a mudança nas leis trabalhistas tenha um melhor nível.