São Paulo seria outra sem negros e nordestinos

Em 1750, chegam em São Paulo os primeiros negros – vindos do Congo e de Angola – para trabalhar na agricultura. Com a abolição, em 1888, a cidade recebeu negros ex-escravos à procura de emprego. Já os imigrantes europeus começam a chegar em maior número no final do século XIX. Com a eclosão da primeira guerra mundial, começam a vir para São Paulo imigrantes de todos os cantos do mundo.

Apesar da importância das comunidades estrangeiras, Cláudio Pieroni, presidente do Conselho Estadual de Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras (Conscre) faz questão de destacar a contribuição dos negros e nordestinos em São Paulo. “Em primeiro lugar, os negros – que foram os primeiros imigrantes, ainda que forçados – e contribuíram para o crescimento econômico daqueles séculos. E depois, os nordestinos, mi-grantes que ajudaram, junto com as comunidades estrangeiras, a construir São Paulo. Não existe uma construção em São Paulo que não tenha a participação da comunidade nordestina”, diz Cláudio Pieroni.