Ações para acabar com acidentes
O Sindicato decidiu desencadear uma série de ações para reduzir o alto número de acidentes no trabalho que acontecem na categoria.
Só em Diadema, as máquinas sem proteção causam cerca de 30 acidentes diários, somente no ramo metalúrgico.
Esses acidentes habitualmente mutilam dedos e mãos de trabalhadores jovens, com idade entre 18 e 25 anos, conforme dados da Vigilância Sanitária de Diadema.
Em sua maioria, são companheiros em regime temporário, que são contratados por intermédio de agências e, em alguns casos, sem registro em carteira. Mais: ficam sem os benefícios da Previdência e sem as garantias da convenção coletiva.
“Existe uma série de irregularidades que fazem deles metalúrgicos de segunda classe”, denuncia Mauro Soares, responsável pelo Departamento de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato.
Ele explica que esses trabalhadores não recebem treinamento sobre as normas de segurança e também não têm qualificação para operar as prensas ou outras máquinas.
“Sem qualificação e mutilado, esse companheiro nunca mais encontra emprego, mesmo em plena juventude”, afirma Mauro.