Angola, dois anos de paz

Domingo, 4 de abril, Angola, na África, completou dois anos de paz e reconciliação depois de décadas de conflitos. Em 2002, todos os lados que lutaram entre si desde pouco antes da independência do país, em 1975, assinaram um acordo colocando fim na guerra.

No início dos anos 60, rompeu a guerra pela independência de Portugal. Surgiram o Movimento Popular pela Libertação de Angola, (MPLA), alinhado com os soviéticos, a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), e a União Nacional para Independência Total de Angola (Unita), apoiada pelos Estados Unidos.

Em 1975, Agostinho Neto, líder do MPLA, proclamou a independência e tornou-se presidente. A Unita não aceitou a liderança do MPLA e, auxiliada pelas forças sul-africanas e pelos Estados Unidos, iniciou a guerrilha.

Foram 27 anos de luta armada, que obrigou milhões de angolanos a deixarem suas casas, suas famílias e a buscar refúgio em outros países.

Em 2002, quando acabou a guerra civil, existiam quatro milhões de refugiados internos e 435 mil angolanos no exterior, segundo a organização internacional Human Rights Watch.

Outra dificuldade que a guerra civil angolana deixou é a grande quantidade de campos minados. Em todo o país, principalmente no interior, ainda existem quatro mil campos. As minas, em conjunto com a violência da guerra, já produziram aproximadamente um milhão de mutilados e contribuíram em grande parte com o superpovoamento das grandes cidades.