Fraude na Saúde: 25 exonerados e 17 presos
A Operação Vampiro, que na semana passada descobriu fraudes em licitações do Ministério da Saúde, prendeu 17 pessoas entre servidores federais, lobbystas e empresários.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema funcionava desde o governo Collor e desviou R$ 2 bilhões. Entre os presos está o ex-coordenador de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde, Reginaldo Muniz. A área é um departamento essencial do Ministério, pois organiza as licitações para compra dos remédios que são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde.
Os servidores envolvidos na fraude passavam informações sigilosas de licitações e beneficiavam fornecedores com superfaturamento na compra de hemoderivados e equipamentos na área de Saúde.
O ministro Humberto Costa afastou 25 subordinados e instalou auditoria em todas as compras feitas a partir de 1998.
A importação de hemoderi-vados representa o segundo maior gasto do Ministério da Saúde com medicamentos. Antes do governo Lula o País gastava R$ 372 milhões ao ano com essas compras. A partir de março de 2003, houve uma economia de 42% nos custos.
Estranhamente, José Serra, que foi ministro da Saúde do governo FHC, achou tudo muito esquisito. “Não tem denúncia de nada e, de repente, começam a investigar na semana em que eu saio candidato a prefeito da capital”, esquivou-se.