Campo: Agronegócio aumenta violência

A Comissão Pastoral da Terra denuncia que o agronegócio está substituindo o latifúndio como o principal causador dos conflitos no campo, além de ser responsável por ações que estão devastando o meio ambiente.

“O agronegócio engole as terras dos pequenos agricultores e dos posseiros”, disse Dom Tomás Balduíno, presidente da CPT. No ano passado, mais de um milhão de pessoas foram vítimas de algum tipo de violência, sobretudo onde se expande as monoculturas da soja, cana, algodão, eucaliptus, pinus e gado.

Ele disse que a face mais violenta são as 238 denúncias de trabalho escravo no ano passado, que libertaram cerca de cinco mil trabalhadores.

Dom Tomás Balduíno também afirma que o agronegócio é devastador do ponto de vista ambiental.

Imensas áreas são devastadas ilegalmente, secando nascentes e mananciais, e os agrotóxicos contaminam o solo e as águas causando doenças e mortes.

A Comissão Pastoral da Terra defende práticas como a agricultura ecológica, o resgate das sementes crioulas e a reforma agrária como principal agente criador de empregos e gerador de renda no campo.