Ofensiva patronal em toda Europa

O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schroder, apesar de pertencer ao partido socialista, quer aumentar a jornada dos funcionários públicos federais de 38 para 40 horas semanais. O Estado da Bavária já estendeu a semana de trabalho de 40 para 42 horas.

Os próprios franceses, que em 2000 reduziram a jornada para 35 horas, agora falam em ampliá-la outra vez.

O argumento usado pelos patrões é que os europeus trabalham em média dez horas menos por ano que os americanos. No caso dos alemães, a diferença chega a 18 horas.

A diferença também está nas férias. Enquanto alemães têm 30 dias por ano e franceses 25, a média no Japão é 18 dias e nos EUA, 12.

Durante muito tempo, a Europa compensou essas diferenças com uma produtividade muito maior. A partir dos anos 1990, no entanto, os índices de produtividade caíram, sobretudo comparados aos dos Estados Unidos. A partir daí, começou a ofensiva patronal. Cabe aos trabalhadores resistir ou se submeter a condições de trabalho do Terceiro Mundo.