VivaVida começa a ser implementado

Apresentado nas comemorações do Dia do Cipeiro, no último sábado, o projeto VivaVida começa a ser implementado na categoria.

O trabalho em função da vida
O projeto VidaViva, lançado sábado durante comemoração do Dia do Cipeiro, vai reforçar a nossa maneira de lutar pela melhoria das condições de vida e de trabalho.

“A idéia central é fazer a discussão pelo lado da saúde e da vida e não pelo da doença”, explicou o diretor de Saúde do Sindicato, Mauro Soares.

Ele disse que o VidaViva vai ser um instrumento importante de ampliação da discussão sobre trabalho, vida e saúde com a categoria.

Mauro comentou que o debate sobre saúde do trabalhador normalmente é feito por médicos e advogados, e não por aqueles que realmente conhecem o posto de trabalho e têm maiores condições de apontar as soluções.

Ele lembrou que as condições de produção interferem na vida do metalúrgico como um todo. “Nós devemos tomar as rédeas na condução de nossa vida, pois ela é uma vida só; no trabalho, na família e na sociedade”, disse Mauro.

O VidaViva vai usar recursos audiovisuais, com vídeos que despertam interesse na reflexão sobre as consequências do trabalho na saúde e vida.

“Os vídeos não encaminham soluções. Eles servem para estimular o debate nas vivências, quando o grupo vai decidir as formas de enfrentar os problemas”, explicou o diretor do Sindicato.

Esses vídeos estarão à disposição da categoria para, por exemplo, serem usados nas Sipats.

Soluções são coletivas
O VidaViva também vai desenvolver programa de mapeamento do corpo (mapping), isto é, buscar identidades dos problemas de determinados grupos de trabalhadores com os problemas existentes nas fábricas.

Essa identidade, que pode ser uma dor no braço, um problema de surdez ou visual, vai despertar o interesse do grupo para encaminhar as soluções coletivas.

Mauro citou como exemplo que se num grupo de metalúrgicos as dores nos ombros aparecerem como uma constante, a solução deverá ser a mudança do sistema de trabalho e não buscar apenas tratamento para as dores.

Ele disse que o VidaViva vai formar monitores e estes vão levar o projeto para o chão de fábrica. “Vamos aparelhar as CIPAs e também o pessoal dos Comitês Sindicais e militantes com esse novo instrumento na luta pela saúde”, avisou Mauro.

O programa VidaViva foi elaborado a partir das experiências dos próprios trabalhadores e tem dimensão internacional.

Ele conta com o apoio do TIE – Transnacional Information Exchange, da Alemanha e da Holanda onde também está sendo implementado.

O projeto acontece ainda no Canadá, podendo estender-se para vários outros países.