Olga, hoje nos cinemas

A história de Olga Benário é a grande atração nos cinemas a partir deste final de semana.

Judia alemã de família burguesa, pai advogado social-democrata, alistou-se no partido comunista de seu país em 1923. Contrariada, sua mãe a expulsou de casa.

Aos 20 Olga ingressou na Internacional Comunista e recebeu a missão de acompanhar a volta de Moscou para o Rio de Janeiro do líder brasileiro Luís Carlos Prestes, coronel que havia montado a Coluna Prestes.

Olga e Prestes se apaixonaram e ao mesmo tempo organizaram um levante comunista no Brasil. O levante foi derrotado e Olga foi presa e deportada para a Alemanha nazista, onde deu à luz a filha de Prestes num campo de concentração. Poucos anos depois, morreu numa câmara de gás. A filha escapou com vida.

A saga de Olga é uma produção dirigida por Jayme Monjardim. Até os anos 80, seu nome era desconhecido no Brasil. Na biografia de Prestes feita por Jorge Amado, O Cavaleiro da Esperança, em 1942, Olga aparece em meia página. No álbum comemorativo dos 60 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1982, ela é citada em três linhas.

Foi em 1985 com o livro Olga, do jornalista Fernando Morais, que a história da mulher que teria sido um presente de Vargas para Hitler ganhou projeção.