As diferenças são estas

A expectativa de vida da população negra é de 67 anos. A dos brancos, 73. Apenas a população indígena tem uma expectativa de vida menor que a dos negros, que é de 64 anos.

A diferença relativa entre os níveis de mortalidade infantil de negros e brancos menores de um ano passou de 21%, em 1980, para 40% no ano de 2000. Ou seja, praticamente dobrou.

No ano 2000, a taxa de mortalidade das mulheres negras por complicações da gravidez e parto foi três vezes maior que a apresentada para as mulheres brancas. Isso sem contar que as mulheres negras têm uma tendência maior de sofrer de hipertensão e necessitam de um atendimento diferenciado no momento do parto.

Mulheres negras têm menos chances de passar por consultas ginecológicas completas, consultas de pré-natal e de fazer exames ginecológicos no período pós-parto. Enquanto 30% das gestantes brancas não foram informadas sobre os sinais de parto, o índice de desinformação entre as negras foi de 37,5%.

Em 2000 a taxa de mortalidade dos homens negros de 10 a 64 anos por causas externas – homicídios, morte no trabalho etc. – foi duas vezes maior que a apresentada para os homens brancos.