Correntina: Luta garante transparência

A Correntina, em Diadema, que até julho acumulou anos de salários e FGTS atrasados e acordos não cumpridos, entrou na linha depois que o dono mudou a gerência, enquanto os trabalhadores passaram a acompanhar a nova administração e a contabilidade da firma.

De empresa líder no segmento de correntes industriais, com cerca de 100 trabalhadores, a Correntina entrou na rota da falência devido à administração.

Com isso, acumulou dívidas, demitiu e passou a atrasar salários e a não recolher FGTS. Os trabalhadores protestavam, paravam a produção, a empresa assumia compromissos e depois não os cumpria.

Em julho, os trabalhadores se cansaram da situação e do desrespeito, e cruzaram os braços. Com a greve, um novo acordo foi feito, desta vez na Justiça do Trabalho.

Com isso, foi criada a Comissão de Fábrica que, junto com o Sindicato e a Delegacia do Trabalho, acompanha de perto a administração e presta contas dos números mensalmente.

Os trabalhadores têm garantia de emprego, estão com os salários em dia e parte do faturamento serve para quitar os direitos atrasados.

“Para poder cumprir o acordo feito na Justiça o dono mudou a gerência, e é preciso reconhecer que a nova administração vem se empenhando na recuperação da empresa”, disse o diretor do Sindicato José Mourão, da Regional Diadema.

Ele explicou que os trabalhadores, diante da nova situação, também colaboram para que a empresa se recupere o mais rápido possível.

“O faturamento está aumentando e tudo indica que até o final do ano os atrasados dos trabalhadores estejam todos acertados”, acredita Zé Mourão.