CUT quer 40 horas semanais

A CUT e as outras centrais sindicais decidiram desencadear campanha pela redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais.

Segundo o presidente da CUT, Luiz Marinho, a redução da jornada em quatro horas semanais criaria cerca de 1,8 milhão de empregos por ano.

Ele disse que no ano passado, com o aumento da produção, os empresários optaram por aumentar a jornada dos trabalhadores no lugar de fazer contratações.

“Foram realizadas 41 milhões de horas extras, quantidade suficiente para criar 1 milhão de postos de trabalho”, explicou ele.

Como a redução da jornada depende de aprovação de projeto de lei, as centrais sindicais querem envolver a sociedade nesse debate. Mesmo porque os empresários são contra, alegando aumento de custos.

Os trabalhadores pensam o contrário. “Nós sustentamos que a redução da jornada aumenta a competitividade das empresas, e temos exemplos nos setores químico e metalúrgico”, comentou o presidente da CUT.

Além de debates e encontros, as centrais sindicais preparam uma Marcha à Brasília no 1º de Maio.

Reforma sindical

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, anunciou para o dia 2 de março o envio do projeto de lei da reforma sindical para o Congresso.

A data foi marcada em reunião entre o ministro e os presidentes da CUT e das centrais sindicais.

Marinho disse que quer também falar com o presidente Lula: “Queremos discutir com ele a necessidade do governo assumir esta questão”.