Patrimônio público em risco: Alckmin quer privatizar Metrô
O governo do Estado está tomando várias medidas como terceirização e precarização do trabalho no Metrô, que fazem parte de um processo de privatização do sistema, até hoje exemplo de qualidade em serviços de transporte coletivo urbano.
A denúncia é feita pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que no início do ano lançou manifesto contra a terceirização e privatização do Metrô.
A precarização não atinge apenas os trabalhadores, mas também se estendem aos equipamentos e à operação do sistema, com aumento das falhas técnicas e situações de insegurança.
De acordo com a direção do Sindicato, entre as iniciativas já tomadas está a concessão da construção e privatização da operação da linha amarela, que liga a Zona Sul ao Centro da Capital.
O ataque mais evidente está na privatização do sistema de arrecadação de tarifas. De acordo com a denúncia, será entregar a chave do cofre do Metrô para uma empresa privada, que vai repassar para o governo uma porcentagem da arrecadação a ser definida com a Secretaria de Transportes.
Com isso, todo o processo referente à arrecadação do sistema público de transporte, desde a emissão dos cartões até o processamento de dados estará a cargo de uma empresa privada.
Não vai ser uma simples concessão para implantação de um novo sistema de arrecadação, mas sim a entrega da arrecadação de empresas públicas de transporte para o setor privado.
Demissões à vista
O novo sistema de arrecadação, chamado de inteligente, não vai utilizar os trabalhadores que hoje estão no processo de arrecadação como bilheteiros, pessoal do departamento de arrecadação e das áreas de manutenção.
Com isso, estão sob ameaça de demissão 3.200 trabalhadores do Metrô e de outras empresas que operam o transporte público metropolitano.
Outro risco é o aumento da tarifa, que não tem subsídio, fazendo a população bancar sozinha a manutenção e operação do Metrô.