Apema: Prazo para acabar com coopergato
Reunidos em assembléia na semana passada, os trabalhadores na Apema, em São Bernardo, voltaram a exigir que o patrão contrate o pessoal que está na empresa através de uma coopergato.
Eles querem que todos sejam fichados imediatamente pela CLT e que a empresa, no prazo de 60 dias, pague as verbas rescisórias. Como forma de pressão, o pessoal entrou em estado de alerta.
Não é de hoje que os trabalhadores na Apema lutam contra a coopergato, que intermedia a contratação de 35 companheiros.
Dentro desse processo de luta, o Sindicato deu entrada com ação na Justiça do Trabalho. No ano passado a ação foi vitoriosa em primeira instância e a Apema recorreu.
O Sindicato já avisou que em processos semelhantes a Justiça multou a empresa contratante e fechou as coopergatos, já que essa parceria só serve para retirar direitos dos trabalhadores.
“Não queremos esperar o fim do processo e exigimos a regularização já”, disse o diretor do Sindicato José Paulo Nogueira.
Ele comentou que a Apema só tem a lucrar, pois se esperar a decisão final do processo vai ter de pagar uma pesada multa.
A pauta com as reivindicações foram enviadas na semana passada e, até agora, a Apema não se pronunciou.
“Exigimos respeito aos direitos dos trabalhadores e vamos até o fim nesta luta, agora com ações mais concretas”, avisou ele.
Ação também na Dalver
O Sindicato também está preparando ação judicial contra a Dalver, outra empresa que utiliza parte da mão-de-obra intermediada por cooperativa fraudulenta.
Desde o ano passado o Sindicato procura negociar uma solução que respeite os direitos dos trabalhadores, mas a empresa não demonstra interesse.