Reforma ministerial: Lula reafirma autoridade
A ameaça do presidente da Câmara Federal, Severino Cavalcanti, de romper com o governo federal caso o PP não ficasse com o Ministério das Comunicações, serviu para o presidente Lula reafirmar sua autoridade e deixar esse partido fora do primeiro escalão.
Na reunião de ontem com os ministros, Lula avisou que acabou a reforma ministerial e que todos devem trabalhar normalmente.
Mesmo sem promover trocas de ministros, Lula ainda não desistiu da idéia de formar um governo de coalizão entre partidos, para ampliar a base de sustentação no Congresso e aprovar os projetos sociais.
O novo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, quer mudanças na relação de Severino Cavalcanti com os partidos.
Ele quer a volta das reuniões do colégio de líderes, quando os partidos inteferiam na pauta e na indicação dos relatores dos projetos.
“Não há presidente que presida essa Casa sem negociar com os líderes”, disse ele.
Já Severino Cavalcanti voltou atrás e disse que o PP vai continuar apoiando o governo.
No final do episódio, o presidente da Câmara ficou com a imagem de um político que pratica o fisiologismo e o nepotismo sem se preocupar com questões éticas.