Sindicato é também lugar de jovem
Saber o que o jovem pensa do Sindicato e ouvir suas propostas é a intenção do Coletivo da Juventude Metalúrgica, que nesta edição do Pulso mostra quatro opiniões recolhidas entre os jovens da categoria. O momento é importante. As políticas públicas implementadas pelo governo federal e a criação da Secretaria Nacional da Juventude, que acontecerá brevemente, estão entre os desafios apresentados para a juventude. Portanto, nossa participação é fundamental. Não podemos ficar fora dessas discussões. Como cantam Os Titãs: A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte! Participe do Coletivo da Juventude. A próxima reunião será dia 2 de abril, 10h, na Sede.
Pouca divulgação
A companheira C., de 24 anos, trabalhadora de uma metalúgica em Diadema, reclama do que considera pouca divulgação das atividades do Sindicato, pois acredita que a Tribuna Metalúrgica não chega a toda a categoria. Ela admite que existe certo desinteresse por parte dos jovens na atividade sindical. Como tem tempo livre apenas nos finais de semana, C. reconhece sua pouca participação também. Ela reclama da falta de vagas no curso de matemática que pretende fazer. “O Sindicato está desenvolvendo muita coisa interessante. Eu corro atrás de tudo que quero, quem sabe um dia consiga”, conclui.
Mais lazer e cultura
Lindomar da Silva, o Soneca, 24 anos, Metal 2 de Santo André, elogia o Sindicato por ser o instrumento de luta para que os trabalhadores consigam melhorar sua condição na sociedade. Ele gosta também dos convênios com o Senai, mas critica o que considera a falta de divulgação das ações desenvolvidas pela entidade. “É preciso investir mais em lazer e cultura”, diz Soneca.
Participação necessária
S., 27 anos, opera máquinas há oito em uma pequena empresa em Diadema. Pressionado a não se sindicalizar, decidiu correr o risco. “O Sindicato é referência nacional. Seu crescimento é fundamental para o fortalecimento da classe trabalhadora”, afirma.
Cipeiro em segundo mandato, garante que aos poucos, junto com os companheiros, consegue melhorar as condições de trabalho na empresa. “A partir da nossa organização fomos atrás de benefícios, mesmo com todas as dificuldades colocadas pela empresa”, prossegue.
Neste ponto, destaca a ação do Sindicato: “Sempre que precisamos, está perto da gente e ajuda da melhor forma. Mas ainda existe muito a fazer. A luta é constante”.
Maior integração
Jovens trabalhadores na Rolls-Royce, em São Bernardo, igualmente destacam a importância do Sindicato na luta dos trabalhadores. Mas defendem uma maior integração da categoria a partir de atividades esportivas, como torneios de truco, campeonatos de futebol de salão etc. Eles preocupam-se também com os companheiros terceirizados e os estagiários, que acabam sendo utilizados como mão-de-obra efetiva e têm seus direitos reduzidos.