Economia Solidária: Cooperativas ganham mais atenção

O secretário nacional de Economia Solidária, economista Paul Singer, disse que nenhum governo se preocupou tanto com o cooperativismo como o governo Lula. Ele participou de debate na sexta feira no Centro de Formação Celso Daniel. “A criação da própria secretaria, que vai completar dois anos, é uma demonstração dessa preocupação”, comentou.

Os principais trechos do debate serão transmitidos pelo programa Tribuna no Ar neste sábado, ao meio-dia, pela Rádio ABC-AM 1570 KHz.

Qual balanço da Secretaria?

Estamos organizando o movimento da economia solidária no Brasil. Agora mesmo terminamos a elaboração do anteprojeto das cooperativas de trabalho, que antes de ir ao Congresso será amplamente debatido pelos setores interessados. O cooperativismo está crescendo e é preciso renovar a lei, que está ultrapassada.

Também crescem as falsas cooperativas…

As cooperfraudes são feitas para roubar direitos dos trabalhadores. As verdadeiras cooperativas existem não para anular direitos, mas para garantir melhores condições de vida. As cooperativas têm de pagar pelo menos o piso profissional, mais férias e todos outros direitos. Não existe direitos res-cisórios pois ninguém é mandado embora.

Como financiar os empreendimentos?

Estamos criando uma grande rede de cooperativas de crédito. Temos 1.200 e precisamos mais, pois ajudaria a desenvolver o sistema, oferecendo crédito a juros baixos. Hoje temos linhas de micro-crédito na Caixa Econômica Federal, mas poucos têm acesso por desconhecimento. É preciso educar o gerente para a existência dessas linhas e as condições de crédito.

Como a Secretaria chega à população?

Começamos a implantar nas cidades o Centro Público de Economia Solidária. É fundamental ter um endereço fixo para informação, orientação, apoio, e espaços para reuniões, cursos e comercialização de produtos. Os centros vão alavancar e ampliar o movimento. Temos ainda o Fórum Brasileiro de Economia Solidária para fortalecer o movimento no País. Trouxemos ao Fórum os indígenas, quilombolas e extrativistas.

Eles se uniram na economia solidária para defender suas atividades e acabaram reencontrando sua identidade.