Começamos bem!
“Há muito tempo eu não via tanta gente em uma assembléia de início de Campanha Salarial.
Isto é muito bom!”. Com estas palavras de estímulo, o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, elogiou a presença maciça dos metalúrgicos do ABC que lotavam completamente o salão da Sede na assembléia de sexta-feira, que discutiu e votou a pauta de reivindicações.
Presença de metalúrgicos fortalece a luta
A presença de um número tão grande de metalúrgicos na primeira assembléia após a eleição no Sindicato mostrou a disposição da categoria para lutar e conquistar um bom acordo. “Não definimos um índice porque esta foi a tática do ano passado e ela se mostrou acertada”, disse Feijóo.
Ele lembrou que ao lutar por um reajuste que reponha as perdas para a inflação junto com um aumento real, os metalúrgicos do ABC obtiveram um dos melhores acordos do Brasil e que se tornou referência nacional.
Por isto propôs repetir a tática, o que foi aceito pela assembléia por unanimidade, junto com os outros dois eixos da campanha: redução da jornada sem redução de salários com fim das horas extras e renovação da convenção coletiva com ampliação das cláusulas sociais.
Os metalúrgicos do ABC acrescentaram os seguintes pontos a pauta de reivindicações que a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) entregará aos patrões: contratação de trabalhadores com mais de 40 anos e menos de 20 anos; continuar a luta pela unificação das datas-base em setembro; denunciar a prática empresarial de preencher a cota das pessoas com deficiência com trabalhadores com lesão por acidente no trabalho; convenção coletiva com dois anos de validade; e garantia de tempo livre para formação.
A pauta será entregue no próximo dia 1º de julho, com um grande ato em conjunto com outras categorias, a partir das 10h, quando haverá o lançamento público da campanha na avenida Paulista, em frente a Fiesp.
Assembléia aprova moção
Os mais de mil metalúrgicos do ABC que compareceram na Sede transformaram a assembléia em um grande ato de denúncia contra as elites que tentam sabotar o governo do presidente Lula.
O pessoal apoiou por unanimidade a moção lida por Luiz Marinho, presidente nacional da CUT, (veja ao lado) e os esforços do presidente em apurar as denúncias de corrupção “cortando na própria carne” se for preciso.
Marinho também foi bastante aplaudido quando alertou que neste momento é fundamental decidir em qual lado estar. “Ou junto com a CUT, o PT, o MST e os movimentos populares ou com parcelas da elite e parte da imprensa que pretendem destruir o que os trabalhadores construíram nas últimas três décadas”.
O presidente da CUT aproveitou para anunciar que hoje, em Brasília, os movimentos populares lançarão uma Carta ao Povo Brasileiro denunciando as manobras contra o governo. Feijóo lembrou que tudo começou no Sindicato até chegar a eleição de Lula. “E aqui montaremos uma trincheira em defesa de seu mandato”, concluiu.
Em defesa da democracia, das mudanças sociais e da ética na política
Na moção, o Sindicato reafirma confiança e total apoio da base em Lula para a reconstrução nacional com geração de empregos, recuperação dos salários, reforma agrária, combate à pobreza e redistribuição da renda em favor dos excluídos.
Defende a apuração de toda e qualquer denúncia de corrupção até suas últimas conseqüências, com punição exemplar de todos os envolvidos.
Alerta que o País resistirá ao espírito golpista dos derrotados em 2002 e de setores corruptos da mídia que pretendem bloquear o processo democrático de mudanças hoje em curso e que custou aos trabalhadores décadas de lutas e sacrifícios.
A moção conclui defendendo uma reforma ministerial e a queda dos juros, além de exigir uma reforma política com o financiamento público de campanhas e a proibição de doações privadas, entre outras m