Tucanagem: Governador veta mais verbas para a Educação

Entidades ligadas à educação, reitores de universidades e partidos vão realizar amanhã, na  Assembléia Legislativa, uma plenária de mobilização com o objetivo de derrubar o veto do governador Alckmin ao aumento de verbas ao ensino superior e técnico no próximo ano.

“O veto do governador é um escândalo”, protestou o deputado Renato Simões, líder da bancada do PT. Isso fará com que a Educação receba, como nos anos anteriores, os mesmos 30% dos impostos arrecadados, conforme já prevê a Constituição Estadual.

Pelo projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovado pelos deputados, o repasse para a Educação passaria de 30% para 31% dos impostos.

Isso significaria um acréscimo de R$ 470 milhões às verbas da Educação, que seriam canalizadas para as universidades estaduais (Unicamp, USP e Unesp) e unidades da FATEC. Para Renato Simões, o veto é um retrocesso e uma afronta à autonomia das universidades.

Ele avisou que o governador faz propaganda enganosa quando diz que está aumentando vagas na Educação.

Alckmin também foi duramente criticado pelo presidente da Comissão de Finanças, deputado José Crespo (PFL).

Segundo ele, o orçamento do Estado de São Paulo não ficaria comprometido com a aprovação das medidas vetadas.

“Alckmin prefere passar por gerente a ser um estadista”, comentou José Crespo.

Ato dia 26 vai denunciar maracutaias dos tucanos

Dezenas de entidades civis e populares estão programando ato no próximo dia 26 para denunciar o desmonte dos serviços públicos em São Paulo, que está sendo promovido pelas administrações do PSDB.

O ato também vai pedir a apuração de todas as denúncias de corrupção. Por pressão de Alckmin, cerca de 50 pedidos de criação de CPIs estão engavetados na Assembléia paulista.

Entre eles estão a denúncia de superfaturamento no rebaixamento da calha do Rio Tietê e na construção de prédios da CDHU.

O ato unificado está programado para o vão do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo.