Viagem virtual
As aulas de geografia ficaram muito mais interessantes desde o momento em que alunos e professores de algumas escolas da rede particular em São Paulo passaram a utilizar o banco de dados de imagens aéreas oferecido pelo Google Earth.
Através desse serviço, é possível visualizar qualquer ponto do globo terrestre com um alto nível de resolução.
Professores têm narrado cenas em que os alunos ficam inteiramente envolvidos e atentos, sem perder os detalhes das imagens captadas por um satélite e projetadas num telão, onde se pode fazer um vôo rasante sobre a floresta amazônica, a cidade de São Paulo, o Grand Canyon nos Estados Unidos ou a Cidade Proibida na China.
Nessa viagem, pode-se parar para apreciar detalhes ou para examinar mais de perto e demoradamente um monumento, um edifício, uma praça ou um lago na floresta.
Depois que aprendem a navegar, é comum os alunos saírem em busca de mais informações pelo universo da geografia, que deixou de ser uma matéria chata para se tornar uma aventura prazerosa, cheia de novas descobertas e motivo para animadas conversas e trocas de informações. Um dado interessante nessa nova onda que tem revolucionado o processo de conhecimento em geografia é o fato de, em alguns casos, terem sido os próprios alunos que apresentaram a novidade para seus professores!
Além de tornarem mais interessante o estudo da matéria, usam o novo recurso para detalharem roteiros de viagens ou para obterem informações mais precisas de como chegar a um local desconhecido na cidade de São Paulo.
A matéria foi divulgada na grande imprensa no mesmo dia em que uma reportagem denunciava a triste realidade da superlotação das salas de aula na rede pública estadual.
Pelo visto, a possibilidade desses alunos terem acesso a esta nova tecnologia continua muito distante.
Diferenças de oportunidade continuam, assim, consolidando as desigualdades sociais existentes na região mais desenvolvida do país.
Departamento de Formação