Repressão a sindicalistas: Ato da CUT denuncia militarização nas empresas
Cerca de 200 dirigentes sindicais de diversas categorias realizaram na quarta-feira passada ato de protesto em frente a Fiat, em Betim (MG), denunciando a militarização adotadas pelas empresas para impedir a mobilização dos metalúrgicos na campanha salarial.
Da mesma forma que a Volks aqui no ABC, a Fiat e suas principais fornecedoras passaram a contratar seguranças particulares para intimidar os trabalhadores e os dirigentes sindicais.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Marcelino da Rocha, disse que a perseguição está sendo diária nesta campanha salarial.
“Somos seguidos sistematicamente nas últimas semanas”, protestou ele.
A CUT espalhou outdoors na região metropolitana de Belo Horizonte avisando que os trabalhadores não precisam de tiros, mas sim de respeito aos seus direitos.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa vai realizar uma audiência pública para discutir o problema.
De acordo com a deputada Jô Moraes (PCdoB) o setor patronal será chamado a dar explicações: “O que tem acontecido aqui na região é inaceitável”, disse.
Ao mesmo tempo em que mandam agredir e intimidar os trabalhadores, as empresas mostram menos disposição de negociar as cláusulas da campanha salarial.
A Federação dos Metalúrgicos reivindica 13% de reajuste salarial, mas os patrões oferecem apenas 5,5%.