Após sete anos de quedas, renda deixa de cair

Pesquisa do IBGE mostra que o Brasil melhorou em 2004. Tem mais gente trabalhando há melhor distribuição de renda, mais domicílios atendidos por água e esgoto e menos crianças fora da escola.

Os resultados da Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios (PNAD) mostram que em 2004 o Brasil melhorou em quase todos os itens analisados.

O levantamento é feito pelo IBGE e mostra um País com mais gente trabalhando, o desemprego em queda, melhor distribuição de renda, mais domicílios atendidos por água e esgoto, menos  crianças fora da escola, mais casas com energia elétrica e o crescimento de domicílios com microcomputadores e conectados à internete.

Uma das melhores notícias foi o aumento de 3,3% na oferta de emprego no segundo ano de governo Lula. Além disso, o rendimento dos trabalhadores ficou estável em R$ 733,00. Foi a primeira vez desde 96 que a renda não caiu de um ano para o outro. Para o futuro, a perspectiva é ainda melhor.

De acordo com o IBGE, a redução das taxas de juros que começou  no terceiro trimestre de 2003 e a queda da inflação contribuíram muito para que os salários permanecerem estáveis em relação ao ano anterior e interrompessem a queda que durava sete anos e começou no governo FHC.

O instituto acredita que 2005 pode registrar uma recuperação no nível de renda dos brasileiros.

Retrato de um País melhor

Conheça outros números da pesquisa do IBGE

De 2003 para 2004, os 50% trabalhadores com os menores salários tiveram ganho real de 3,2% e os 50% com os maiores rendimentos tiveram perda real de 0,6%.

O número de crianças fora da escola caiu dos 4,3% de 2003 para 2,9%.

A quantidade de pessoas ocupadas cresceu 3,2%, o que representa um contingente de 2,7 milhões de trabalhadores.

O número de empregos com carteira assinada cresceu 6,6%, ajudando a Previdência Social que ganhou 2,4 milhões de contribuintes.
A proporção de domicílios com telefone cresceu 9,2%.

Em 1983, 71% dos domicílios tinham geladeira, 75% tinham televisão e 95% tinham fogão. Em 2004, esses números saltaram para 88% com geladeiras, 90% com televisões e 97% com fogões. Em 2001, só 8,6% dos domicílios tinham computador. Hoje são 12,4%.

A renda domiciliar por pessoa, provenientes de todas as fontes (trabalho, aluguéis, programas sociais e outros itens que integram o rendimento de uma família), teve aumento real de 2,8% em 2004.