Salário da metalúrgica cresce mais que o do metalúrgico

Em 1989, o rendimento médio das mulheres metalúrgicas era de 5,3 salários mínimos, enquanto em 2003 ele subiu para 7,2 mínimos. O aumento foi de 36%. Mesmo assim, o rendimento das mulheres ainda é menor que o dos homens.

A renda da mulher metalúrgica aqui no ABC tem aumentado mais que a renda dos homens nos últimos anos mas, mesmo assim, ainda é grande a diferença salarial entre homens e mulheres nas indústrias da região.

Levantamento feito pela Subseção Dieese do Sindicato mostra que, em 1989, o rendimento médio das mulheres metalúrgicas era de 5,3 salários mínimos, enquanto em 2003 ele subiu para 7,2 mínimos. O aumento foi de 36%.

Nesse mesmo período a renda média do metalúrgico passou de 9,2 salários mínimos para 11,1 mínimos, um crescimento de 20%.

Apesar desse aumento, a mulher metalúrgica ganha, em média, 35% menos que o homem aqui no ABC. Fazendo essa comparação em termos nacionais, as mulheres ganham 39,5% menos que os homens.

Mobilização

“Se aqui no ABC houve um aumento na renda da mulher metalúrgica maior que em outras regiões, ele é resultado das nossas lutas”, disse Cícera Michele Vieira, coordenadora da Comissão de Mulheres do Sindicato.

Ela falou da dificuldade das reivindicações das mulheres serem atendidas numa categoria formada em sua maioria por homens.

Apesar disso tudo, Michele avisa que a luta principal das metalúrgicas é exatamente essa, a da redução da diferença salarial em relação aos homens “Se a empresa paga menos para a mulher é por puro machismo”, conclui.